Funcionários da creche Aquarela do Saber denunciam atrasos salariais e condições precárias em Imbituba

 


Ex-funcionárias relatam recorrentes atrasos nos pagamentos e o não cumprimento de obrigações legais, como o depósito do FGTS e o pagamento de férias e 13º salário

Durante o programa Espaço Aberto, exibido nesta sexta-feira (25), o repórter Otaviano Carvalho trouxe à tona denúncias graves feitas por funcionários e pais de alunos do Centro Educacional Aquarela do Saber, localizada no bairro Nova Brasília, em Imbituba. A unidade, que é conveniada ao município, foi alvo de críticas sobre a precariedade da estrutura, falta de materiais básicos e irregularidades trabalhistas.

Uma das ex-funcionárias relatou os recorrentes atrasos nos pagamentos e o não cumprimento de obrigações legais, como o depósito do FGTS e o pagamento de férias e 13º salário. “Desde quando eu entrei, sempre foi uma burocracia pra pagar, sempre atrasou. Sempre a prefeitura que demorava pra fazer o depósito, sempre historinha, sabe?”, disse. Ela também mencionou a escassez de produtos e alimentos: “Tinha às vezes 90 crianças, 80 crianças. Era dividido laranja pra essas 90 crianças, sabe.”

Outra colaboradora, que atuou por cerca de oito meses, afirmou estar sem receber desde dezembro e responsabilizou a direção da creche. “A diretora dá desculpas que a prefeitura não pagou ainda e que não emitia notas”, disse, acrescentando que a situação desmotivou outros profissionais a continuarem no trabalho.

Em contrapartida, uma funcionária defendeu a instituição quanto ao cuidado com as crianças: “Isso aí é tudo mentira”. Ela confirmou o atraso do pagamento dos salários, mas informou que não falta nada para as crianças que, segundo ela, são bem cuidadas e bem tratadas na instituição.

As falas reforçam o clima de tensão e insatisfação entre os colaboradores da unidade, que, além de enfrentarem dificuldades financeiras, denunciam falta de apoio e fiscalização por parte do poder público. A prefeitura e a direção da creche alegam estar adotando medidas para resolver os problemas, mas os relatos mostram que a situação ainda está longe de uma solução definitiva.

Por Redação RSC

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