Do litoral para o mundo: atletas de Imbituba vencem limites e colocam a cidade no mapa esportivo

 



Histórias de dedicação e superação que mostram o talento esportivo da cidade

Imbituba tem no esporte uma das forças que ajudam a construir sua identidade. Entre pescadores, surfistas e trabalhadores que fazem a cidade acontecer todos os dias, há um grupo que também carrega o nome do município com orgulho: os atletas. Eles se dedicam com seriedade e representam o município em competições dentro e fora do Brasil. Seja nas corridas de rua, no tatame, nas quadras ou nas ondas, eles mostram que o talento e o esforço dos imbitubenses vão muito além do que se vê no dia a dia.

Entre esses nomes, está o pequeno Gabriel Guedes da Rosa, o Gabrielzinho do Surf. Com apenas 8 anos, ele já coleciona vitórias em competições estaduais e é campeão da etapa local da Tríplice Coroa de Surf. Natural da Praia do Rosa, Gabriel começou a surfar antes mesmo de entender o que era competir. Hoje, desafia as ondas com uma maturidade que impressiona adultos. Sua família acompanha de perto cada passo e cada manobra, orgulhosa de ver um menino tão novo levar Imbituba para os pódios com leveza e alegria.

Do mar para a estrada, outras histórias mostram que o suor e a persistência não têm idade. Os corredores Luan Medeiros e Gustavo Mirandoli, amadores por definição e gigantes pela entrega, realizaram juntos o sonho de disputar a Maratona de Boston, nos Estados Unidos. A prova é uma das mais tradicionais do mundo e exige não apenas preparo físico, mas tempo, investimento e foco. “A gente treina em 30 graus e chega lá com 8. É um desafio dentro do desafio”, lembra Gustavo. A amizade entre os dois nasceu da corrida e hoje segue forte, movida por apoio mútuo e pelas paisagens de Imbituba, onde treinam e se inspiram.

Se Gabriel é o futuro e Luan e Gustavo simbolizam o caminho trilhado com constância, Márcia Couto representa a coragem de começar. Aos 40 anos, ela subiu pela primeira vez em um tatame. Aos 49, coleciona medalhas no Kung Fu e se prepara para representar o Brasil no Pan-Americano da modalidade, no México. Treinando entre a Ribanceira e Itajaí, ela é firme ao dizer que o esporte mudou sua vida. “É um compromisso com a gente mesma. A cada treino, a gente descobre uma força nova”, afirma, com o olhar de quem sabe o quanto custou chegar até aqui.

Todos eles compartilham mais do que medalhas. Compartilham a sensação de pertencimento, a vontade de mostrar que Imbituba tem talento, e que esse talento floresce mesmo diante das dificuldades. Nem sempre há patrocínio. Às vezes, falta apoio. Mas sobra entrega, carinho pela cidade e um desejo imenso de seguir em frente, levando o nome de Imbituba aonde for possível chegar.

Esses atletas são prova viva de que não é preciso sair de um grande centro para fazer história. Eles não buscam fama, mas sim evolução. E, enquanto treinam sob o céu de Imbituba, inspiram outros a acreditarem que a vitória começa no primeiro passo, na primeira queda, no primeiro sim. Porque mais do que atletas, são cidadãos que traduzem, no esporte, o espírito de uma cidade inteira.

Por Allan Royer


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